Iniciativa de cinco anos vai fortalecer cadeias de valor agrícolas, criar empregos e impulsionar a produtividade rural
O Governo de Moçambique, através do Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas (MAAP), acolheu esta segunda-feira, em Maputo, a Missão de Identificação do novo Programa de Desenvolvimento das Cadeias de Valor do Agronegócio, promovido em parceria com o Grupo Banco Mundial.
A iniciativa marca um passo decisivo na consolidação da cooperação entre as duas partes e na implementação das prioridades do PEDSA 2030 e do PNISA, com o objectivo de acelerar a transformação do sector agrário e fortalecer a economia rural.
Com uma duração prevista de cinco anos, o programa visa reforçar as cadeias de valor agrícolas, pecuárias, florestais e pesqueiras, criando condições para o crescimento sustentável do agronegócio em Moçambique.
Entre os principais resultados esperados destacam-se:
- redução das importações alimentares,
- aumento da produção e da renda dos produtores,
- geração de emprego, especialmente para jovens e mulheres, e
- promoção de práticas sustentáveisque garantam segurança alimentar e nutricional.
O Ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Mito Albino, sublinhou que “o Governo está firmemente empenhado em promover um ambiente de negócios mais favorável e em criar as bases para um agronegócio competitivo, inclusivo e resiliente, que contribua para a prosperidade rural e para a segurança alimentar do nosso país.”
Sector privado como motor do crescimento
O governante destacou ainda o papel central do sector privado na transformação do agronegócio, reforçando a importância das parcerias público-privadas e do investimento em inovação e tecnologia.
“A nossa visão é de um sector agrário moderno, com produtores capacitados, cadeias logísticas eficientes e empresas capazes de competir dentro e fora do país”, afirmou o ministro.
A estratégia prevê também aumentar a produção de alimentos da cesta básica, reforçar a investigação agrária e pesqueira, modernizar as infra-estruturas de escoamento e armazenamento, e potenciar a economia azul, garantindo valor acrescentado e sustentabilidade ao sector.
Entre as prioridades do MAAP estão em curso reformas estruturais como a nova Lei de Terras, a regulamentação dos preços de referência e o reforço dos mecanismos de financiamento inclusivo, medidas consideradas fundamentais para melhorar o ambiente de investimento e atrair capital agroindustrial.
“Moçambique está pronto para avançar com uma agenda de produção, inclusão e investimento sustentável, em estreita parceria com o Banco Mundial e outros parceiros de desenvolvimento”, reafirmou Roberto Mito Albino.
A nova parceria com o Banco Mundial representa uma oportunidade para transformar o sector agrário num verdadeiro motor de desenvolvimento rural. O programa aposta em melhorar a produtividade, aumentar o rendimento das famílias camponesas e consolidar as cadeias de valor, garantindo que o crescimento económico se traduza em melhores condições de vida para as comunidades rurais.
Com esta iniciativa, Moçambique reafirma o compromisso de promover uma agricultura moderna, inclusiva e sustentável, capaz de gerar emprego, reduzir desigualdades e reforçar a segurança alimentar em todo o país.





